quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Desvendei a função da classe média!

É isso. Descobri o porquê - junto e com acento - da classe média. Não pensem que é um motivo ruim, ou bobo, ou infantil, é sim muito importante. Então, vamos por partes... Estou dividindo os seres humanos em três classes distintas: o pobre, o rico e a classe média. Que as feministas, principalmente as da classe média, não me julguem por ter duas classes com artigo "o" e somente uma com artigo "a". É puramente pra manter a coerência gramatical.

O pobre trabalha, dia e noite, noite e dia, mantendo a sociedade funcionando. O trabalho do pobre é essencial. O pobre não possui muitos bens, não possui muito dinheiro, mas é feliz e continua nas suas funções. 

O rico coordena, pois os seres humanos precisam de coordenação, de alguém que os diga o que fazer e pra onde ir. O rico possui bens e muito (muito) dinheiro. O rico é feliz, e continua nas suas funções.

A classe média reclama. Ponto. Simples assim. A função da classe média é reclamar. O trabalho da classe média não é totalmente essencial, a classe média não coordena. Mas a função de reclamar é fundamental. As pessoas da classe média precisam reclamar, de tudo e de todos, mesmo não tendo motivo de reclamação. Cito um exemplo: uma pessoa da CM (Classe Média) acorda, prepara seu café e toma. O gosto está bom, muito bom, mas a pessoa da CM reclama "O café está bom, mas o café brasileiro bom mesmo é o de exportação, não esse que a gente toma!" Outro exemplo: "Um absurdo eu ter que pagar pra minha empregada doméstica os direitos trabalhistas, mesmo porque tenho que cuidar dos meus direitos. Inclusive, como vou guardar meus dois (três?) carros nas vagas tão apertadas do prédio?" Posso pensar em exemplos aqui e escrever até 2022, mas meus dedos já estão reclamando do tamanho do texto.

Uma pessoa típica da CM reclama do preço da gasolina, mas toma sua cervejinha gourmet todo dia, em bares gourmet. E depois reclama da temperatura da cerveja. Uma pessoa da CM reclama no Facebook, reclama muito. Por falar em Facebook, essa talvez foi a maior ferramenta que já existiu pra CM. Antes tinham o Orkut, "mas no Orkut tinha muita inclusão digital". Tem o Twitter, "mas como vou colocar tudo o que tenho pra reclamar em 140 caracteres?" No Facebook e no tal do Whatsapp não... ali a pessoa da CM tem sua rede social perfeita, pessoas que pensam (???) tão bem quanto ela. Pessoas da CM. Note que a rede social da CM se resume à pessoas da própria CM, portanto pensam (???) de maneira quase sempre igual. No Face ou no Whats a pessoa da CM consegue: (1) expor suas alegrias durante toda a semana, normalmente em selfies, com paus de selfie, ou com algo gourmet; (2) reclamar. Reclama do governo, reclama da cerveja gourmet, reclama do trânsito, reclama da chuva, reclama da seca, reclama do calor, reclama do frio, reclama dos impostos, reclama dos políticos. A pessoa da CM vomita reclamações, por instinto... faz parte de ser Classe Média.

Mas por quê - separado e com acento (certo?) - essa função é importante? Primeiro, reclamar do governo e de políticos é essencial pra sociedade democrática. Temos que criticar, temos que questionar, mesmo não sabendo o porquê - junto e com acento - muitas vezes. Reclamar e pedir uma ditadura anti-democrática, num ambiente democrático, para voltar a reclamar pois a ditadura não os deixa reclamar em paz! A obra prima das pessoas da CM é reclamar sem saber o motivo da reclamação. Reclamar por reclamar, fazer com que a voz do Facebook saia dos espertofones/iphones/notebooks para as ruas! E isso, em alguns momentos é importante. Segundo, porque - junto e sem acento (certo?) - reclamar é divertido, reclamando a pessoa da CM tenta humilhar o seu semelhante, consegue impor sua opinião!

"E daí?", você deve estar perguntando. Esse post é apenas mais uma reclamação da CM. Não tem motivo, nem finalidade. Pois é, assim somos nós: reclamamos e engordamos mais a CM, pessoas pobres se tornam CM e começam a reclamar, pessoas ricas se tornam CM e começam a reclamar. E com isso a sociedade humana, em especial a brazuca, continua... pelo menos continua depois do Carnaval, porque - junto e sem acento - até lá vamos nos divertir e reclamar muito!

Abraços!

Leo.