sábado, 31 de dezembro de 2011

2011

Oi. Joia?

Não sei porque cargas d'água, mas gosto de fazer um post sobre meu ano que está passando, e o que penso do ano que está por vir.

Há quase dois anos estou trabalhando no Campus Florestal da UFV, na cidade de Florestal. Venho trabalhando muito desde então, e conhecendo pessoas bacanas (ou não)... este ano também foi assim.

2011 foi um ano difícil... Profissionalmente muito pesado, com lutas (quase no sentido literal) em favor do meu objetivo principal no Campus: consolidar o Campus como uma unidade de excelência da UFV, com cursos bons, pesquisa e ensino de qualidade. Em particular, quero que o curso de Física dê certo, e ele vem dando resultados com estudantes muito bons.

Mas, como tem gente que pensa que este Campus da UFV (Federal) deve se portar como coleginho e faculdade superior, onde a ética é inversamente proporcional à grana que entra em seu bolso, esta tarefa se torna complicada. Briguei muito, queimei neurônios, discuti pesado com algumas pessoas, posso ter até arrumado inimizades, mas se alguém vier me dizer que eu TENTAR lutar contra o sistema não adianta, que eu tenho que agir completamente ao contrário do que ensino dentro de sala, aí sim eu desisto da minha profissão de educador.

No primeiro semestre lecionei eletromagnetismo pela primeira vez, e adorei. É a área da física básica que mais gosto, e semestre que vem vou pegar de novo. Neste mesmo semestre eu e meus companheiros da física ralamos, e muito, para mantermos nosso curso, e conseguimos. O curso de Física está numa crescente muito boa, e não vamos deixar a peteca cair.

No segundo semestre lecionei para a agronomia, e acho que eles cresceram muito desde  final de ano passado, qdo dei incríveis 89% de pau na turma. Tô orgulhoso deles. No mesmo segundo semestre, tive que brigar por conta de bolsa de iniciação científica, e o sistema acabou me fudendo... enfim, acontece. Bom tomar na cara pra aprender a se impor em certas situações.

A ralação burocrática continua imensa, impedindo que eu faça algo que estou retornando aos poucos: pesquisa!!! Submeti um artigo este ano, mas tenho que resubmetê-lo e creio que será aceito sem maiores delongas.

2011 foi um ano difícil... Pessoalmente muito pesado. No âmbito amoroso, tive alguns romances bacanas, outros nem tanto, outros piores, outros melhores, mas no final acho que deu certo! :-)

Tenho sorte de ter os amigos e amigas que tenho... eles e elas sempre me perdoam por eu ser o cara maluco que sou. Faltam-me palavras pra descrever todos os momentos felizes (chorar por ganhar uma camisa da eng. alimentos, beber cerveja "às vezes", beijar uma boca gostosa, dançar sem saber dançar, exercer meu direito de sentar, de quicar, de rebolar e de ficar caladinho, não ficar caladinho, fazer bunda lelê na hora mais errada possível, do jamanta, do cadillac, dos almoços com palmito... enfim, muita coisa). Uma palavra resume os momentos ruins, que em 99% das vezes foi por minha causa: desculpem-me. Sou um imbecil travestido de gente boa.

Arrependo-me amargamente de ter vindo pouco a Monlevade, e mais ainda de ter ido pouco à BH. Saudades imensas de meus amigos e amigas Diagonais e de meus amigos e amigas monlevadenses. Uma resolução de ano novo, além de 860 x 640, é de ir em BH encontrar vocês mais vezes.

Enfim... ano que vem é ano par no calendário gregoriano, isto não tem nada a ver, mas é um dado. Que o mundo não acabe, que a Scarlett Johansson case comigo. 2011 foi um ano difícil... 2012 será também... e é por isso que a vida tem graça.

Ano de eleição, então esperem muitos posts aqui (e num facebooquete perto de você) sobre política, no meu estilo babaca de ser.

Uma imagem intitulada "Toma na cabeça, 2011 vadia!"



Beijo. Tchau.

Leo

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Proposta de "programa de governo" para Florestal -> 2012


Oi. Jóia?

Pode parecer ingênuo ou óbvio demais o que vou escrever aqui agora, mas estava pensando aqui nas eleições municipais de ano que vem, e decidi colocar alguns pontos que penso serem essenciais aos candidatos. Com o progresso da cidade coisas boas e ruins vem pra cidade, e acho que temos que maximizar as boas e minimizar as ruins. Então, lá vai:

-        Segurança:
-       A cidade é segura, um tanto por ser provinciana, mas também porque não possui pontos de acesso fáceis. Estes pontos podem ser fiscalizados com câmeras eletrônicas que funcionem.
-        É urgente que se faça uma reciclagem no corpo policial de Florestal, para que eles atendam à Lei, e não aos pedidos de uns ou outros. Alguns policiais, poucos de fato, se acham acima da Lei, e isto deve ser abolido.
-        Drogas: é possível fazer um trabalho em conjunto da PM com a vigilância universitária para que haja um controle e um projeto educacional com os estudantes e a população da cidade, de modo a diminuir o uso e a entrada de drogas na cidade.
-        A entrada da cidade (o castelinho do prefeito) pode ser usada como ponto de apoio para a polícia, pois o caminho do Campus até a cidade é perigoso e escuro. Inclusive este caminho pode ser melhor estruturado e iluminado.
-        Educação:
-        As escolas de Florestal são relativamente boas: municipal, estadual e o Campus/CEDAF. Uma proposta é de reciclar os professores das escolas, e ampliar o acesso da população da cidade e da população rural.
-        Pode-se pensar também em um curso pré-ENEM/pré-vestibular, de baixo custo, em conjunto com o Campus, onde é possível aproveitar bons estudantes das licenciaturas do Campus para lecionar.
-        Criação de uma creche de baixo custo, possibilitando que as mães e os pais tenham oportunidade de trabalhar.
-        Cultura:
-        A cidade é carente de espaços culturais, e é sabido que cultura e esporte são essenciais para manter jovens fora da marginalidade. A praça em frente a igreja é um excelente lugar (assim que sua reforma terminar) para se fazer apresentações de bandas, orquestras, grupos teatrais, capoeira, mostra de cultura negra, etc. É possível fazer inclusive sessões de filmes brasileiros e estrangeiros no salão paroquial da igreja matriz.
-        No espaço da AESE seria ótimo para, de quando em vez, ser utilizado para festivais de música: sertanejo, jazz, blues, rock, samba, etc. Atrações musicais bem organizadas podem valorizar o relacionamento entre cidade e estudantes.
-        Uma ideia é de se fazer uma gincana anual que englobe toda a cidade. Um torneio, do estilão de gincana mesmo com atividades culturais e esportivas no estilo “corrida”, com equipes grandes e que proporcione aos moradores da cidade (jovens, adultos, estudantes ou não) a conhecer a cidade e a se divertir na cidade.
-        Esporte:
-        Vide a gincana acima.
-        É possível, com a atual população da cidade, fazer um campeonato organizado de Futsal, de vólei, de basquete, de peteca, etc. “E é sabido que cultura e esporte são essenciais para manter jovens fora da marginalidade.”
-        Pode-se manter contato com grupos de corredores e ciclistas de BH para fazer passeios de bicicleta ou corridas na LMG818.
-        Manter um programa de esporte exclusivo para a terceira idade, com programas de alongamento, caminhadas, e apoio de saúde com medições de pressão, glicose, tecido adiposo, etc.
-        Transporte:
-        O transporte público de Florestal é muito deficitário. É necessário entrar em contato com prefeituras próximas (Pará de Minas? Juatuba? Oi?) e tentar ônibus diretamente para a rodoviária de BH, ônibus de viagem, mesmo que sejam poucos horários por dia. Esta iniciativa não exclui a melhoria do transporte que já existe, o ônibus até a estação eldorado 3593 (tá certo?).
-        O transporte para o Campus é necessário e urgente, pois a acessibilidade até o mesmo é nula. Pode-se pensar um transporte de baixo custo (R$1,00, R$1,50), em poucos horários, mas horários estratégicos, que levem a população até o Campus e vá desde a parte baixa da cidade até a parte alta.
-        Relação com o Campus:
-        A relação da cidade com o Campus, às vezes, aparenta ser um tanto quanto tensa. Esta relação pode, e deve, ser melhorada com projetos de extensão universitária como projetos da aplicação da ciência no dia a dia da cidade, como o uso da agronomia nas áreas rurais do município, etc. O Campus TEM que enxergar com bons olhos a cidade.
-        A cidade TEM que enxergar com bons olhos o Campus, pois só assim este atrito será diminuído. A cidade deve enxergar que o Campus é a principal fonte de renda da cidade. E a prefeitura tem papel essencial nisto, divulgando e trabalhando junto o progresso do Campus. Pode-se pensar em acordos com a câmara de dirigentes lojistas de Florestal de modo a incentivar o comércio e prestação de serviços de bens atrativos a estudantes e funcionários.
-        O Campus deveria incentivar os funcionários a morarem na cidade, e não estou falando na vila dos funcionários, mas na cidade, pagando aluguel e comprando imóveis. Para isto, a prefeitura poderia negociar incentivos para quem quiser se mudar para a cidade.
-        Estrutura da cidade:
-        A cidade sofreu com as chuvas do final deste ano (2011). Se faz necessário para hoje uma estruturação da parte baixa da cidade, com canalização dos riachos e a melhoria das pontes.
-        O CRAS pode ser ampliado e seu serviço idem.
-        É necessário também uma fiscalização severa de todas as obras, barragens, represamentos e construções da cidade, dos sítios e das áreas rurais do município.
-        Penso que é factível fazermos uma pesquisa para saber quais os setores da cidade necessitam de ampliação e melhorias. Quais setores da cidade necessitam de uma melhoria no comércio, por exemplo?
-        As ruas da cidade, e a sinalização das mesmas, podem ser melhoradas.
-        O sistema de esgoto da cidade deve ser melhorado, é difícil vermos bocas de lobo nas ruas e a parte sanitária deve ser totalmente reformulada.
-        O sistema de energia elétrica da cidade foi melhorado, mas quando chove sempre há muitos picos de eletricidade, o que danifica os aparelhos da população.
-        O município pode entrar em contato com prestações de serviço que somos extremamente carentes como internet e bancos. É inadmissível a falta de pelo menos um caixa eletrônico do Banco do Brasil numa cidade como Florestal. A falta de internet banda larga, por descrédito das operadoras, também é uma falta.
-        Saúde:
-        A cidade pode entrar em contato com o plano de saúde da UFV, o AGROS, de forma que ele amplie o posto de saúde da cidade, com ambulâncias novas e um centro de tratamento intensivo ou uma unidade com mesmo fim. O mesmo contato pode ser feito com outras instituições, como UNIMED, São Vicente de Paula, etc.
-        O Campus e a cidade devem entrar em consenso sobre a utilização do posto de saúde de cada um, pois é um absurdo também que seja negada a utilização por parte de um cidadão brasileiro, sendo que há vagas,  de um posto de saúde. Penso que é possível um meio termo para melhorarmos o atendimento de saúde em ambos os postos.
-        Manter, em conjunto com o Campus, um sistema de controle da saúde dos idosos da cidade (vide a parte de esportes).

Enfim, tenho mais ideias sobre isto, mas agora não estou conseguindo colocar no “papel”. Creio que várias outras pessoas tem ideias semelhantes e contrárias. Mas notem que estou pensando no bem da cidade, e desprezo qualquer pensamento que leve ao crescimento do bolso de alguns e da falta de ética.

Abraço, ótimo 2012. E pensem... urna não é penico!

Leo