Outra coisa q escrevi, faz tempo, e ainda tenho q terminar... mas acho q ta bacana tb. Isso é o começo, depois termino e posto aos poucos e tudo ao mesmo tempo. Pq isso sim vai ficar grande!
Ps.: coincidentemente ou nao, as coisas q escrevo sempre comecam com alguem acordando.
Viagem by Leo Diagonal
" Ela acordou com o senhor que estava ao seu lado pedindo licença, provavelmente para ir ao banheiro. Notou que ainda era dia, porém, com o nevoeiro denso que se encontrava do lado de fora era impossível ver qualquer coisa. As janelas estavam opacas para quem observava de dentro, tanto pelo nevoeiro quanto pelo fato dos vidros estarem embaçados. Ao retornar o senhor disse:
- Ola, acho que perdi o sono. Tudo bem com você?
Ela pensou consigo mesma “Vai começar a ladainha...” e respondeu:
- Sim, tudo bem. Também acho que perdi o sono.
- Estranho o ônibus não ter feito nenhuma parada ainda, não? Perguntou o senhor.
- Sinceramente não reparei, meu sono é pesado, se houve alguma parada não percebi.
- Teria percebido comigo pedindo passagem.
- É mesmo – respondeu a mulher num tom obviamente irônico – então não houve paradas.
- Desculpe te incomodar, vou tentar ficar quieto.
- Não se preocupe.
O homem se calou, mas ambos não conseguiram dormir. Estavam presos em seus pensamentos mais profundos, por motivos que ficaremos sabendo. No momento, basta descrevermos o ônibus em que se encontravam. Na direção se encontrava um senhor pequeno, sério, e calado. Este não pensava em nada, tinha apenas seu objetivo: levar as pessoas ao seus destinos. Os passageiros eram 8: a mulher e o homem citados anteriormente, ela solteira, de vida fácil e um tanto quanto ranzinza, ele casado, falante, engraçado e com saudade de seus dois filhos – ambos se encontravam no meio do ônibus, por assim dizer; logo ao lado deles estava um casal de idosos; duas fileiras à frente se encontrava um rapaz solteiro; ao lado dele uma mulher e sua criança; bem mais atrás se encontrava um outro homem, magro e pálido, com aspecto triste. Esta viagem é sobre a vida destas oito pessoas.
Ela olhou para o relógio, mas ele não estava funcionando.
- Malditas baterias, se o mesmo fosse de corda não haveria esse problema.
Perguntou as horas para o senhor, mas este não tinha relógio. “Viagem que não acaba, e ainda não paramos para esticar as pernas.” Pensou ela, já entediada. Viu que uma pequena agitação começava a aparecer no interior do ônibus, provavelmente pelo motivo da falta de paradas. A criança começava a resmungar quando o rapaz foi falar ao motorista. Alguns minutos depois ele voltou, pois mesmo sem relógios e maquinas podemos pensar no tempo passando, e talvez este seja o verdadeiro sentido de tempo... talvez. O rapaz então disse:
- É outro motorista. Fizemos uma parada rápida, não me lembro, estava dormindo. Este não conversa, apenas dirige. Muito estranho o caminho que ele esta seguindo, e o nevoeiro lá fora está muito, mas muito denso. Acho que o motorista pegou um caminho secundário, vou reclamar junto à empresa assim que chegar em casa.
Ela olhou de novo para fora, e o rapaz estava certo. O nevoeiro continuava La, deixando opaca a visão para o exterior. E assim os 8 passageiros permaneceram, todos acordados, durante trinta minutos. O leitor pode se perguntar como podemos medir a passagem de tempo neste caso, onde nenhum relógio está funcionando, e dai podemos perguntar: como você mede, ou sente, a passagem do tempo? Estes trinta minutos pareceram uma eternidade para todos os passageiros, e quando nenhum deles conseguia mais se conter, um dialogo começou."
águas salgadas
Há 3 semanas
6 comentários:
PQP, vc escreve pra caralho! Lerei quando tiver menos enrolado :D
BTW, o texto lá é liberado pra uso!
Boa, zero-meia!
Continua depois!
Muito interessante, quero ver a continuação...
Vc tem um estilo de escrever que me agrada deveras!
Que diálogo? Que diálogo?!
Porra!
esse tá massa! tá melhorando hein?!
mas permanecerei anônimo... a toa... pq tô afim mesmo!
e foda-se!
É Fio, até que você dá pra um bom escritor...
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