domingo, 31 de outubro de 2010

Trabalho, maturidade, diversao, e afins....

Oi, joia?

Ha 10 meses estou aqui em Florestal trabalhando. Trabalhar dà muito trabalho... sem noçao. Mas... sinceramente... é bom demais. Realmente me encontrei como professor, adoro dar aulas, sinto quase que um orgasmo quando noto que 'caiu a ficha' em alguém e que eu, de certa forma, fiz parte desse processo de aprendizagem.

Mas... comparando com a época que entrei na UFV (em 2000)...  tenho notado uma falta de maturidade nos estudantes. Que o ensino médio e fundamental nao estao bem, isso é verdade... mas sinto muita falta de maturidade nos estudantes. Eles nao estao com a mentalidade de estudar, em casa... ficam achando que tèm que depender somente das aulas para aprender. Universidade nao é isso... nunca foi nem nunca vai ser. Depende mais da dedicaçao e maturidade do estudante. Nòs, como professores, tentamos... E MUITO... colocar a coisa mastigada na cabeça da criança, mas nao basta sò isso. Problema sério que eu espero mudar um pouco com o decorrer do curso dos alunos.

Coloquei diversao no titulo pq, sinceramente, no quesito trabalho, dar aula està sendo a parte mais divertida do meu expediente. Mas agora tive uma motivaçao enorme pra voltar a pesquisar (e a escrever os artigos que devo pra Carolzita): o meu primeiro projeto foi aprovado!!! é tipo o primeiro sutia, ou deve ser, pq nunca usei sutia.... To feliz demais com isso, e terei alunos de iniciaçao cientifica!!! :-)

Enfim... voltando a atualizar a budega.

Com a musiquinha de 'prenda-me se for capaz' na cabeça.

Bjo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aos meus amigos

Trecho de 'aos meus amigos', de Maria Adelaide do Amaral.


"- Sinto saudade do tempo em que a gente era amigo.

- Eu também. Tenho saudade das piadas idiotas, da vida de todos passada a limpo, daquela espécie de adolescência revivida do afeto que nos unia, da família que éramos. Quando nos separamos, eu perdi a família. Nós temos que ficar juntos. Nós, que apesar de todas as diferenças nos queremos tanto, por tudo o que vivemos, pela cumplicidade que muitas vezes não é verbal, mas que se expressa na nossa afetividade, na agressão, no carinho que temos uns pelos outros, que é o carinho pela nossa juventude, nós não podemos romper, nos afastar."

domingo, 27 de junho de 2010

Na paz

Saramago


Gabi entrevistando Saramago, em 99, sobre Freud (numa lembrança tosca minha sobre a conversa):

Saramago: "A ultima coisa que faria seria analisar-me."
Gabi: "Por que?"
Saramago: "Por que quero ser quem sou, e iria detestar que alguém me falasse o porque^ eu ser assim. O que me importa é ser, e nao o rotulo."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Saramago

Ola,

Sexta de semana passada, se nao me engano, morreu o escritor que mais admiro: José Saramago. Unico (se nao me engano também) da lingua portuguesa a ganhar o Nobel de literatura (o proximo serà o pauno coelho???). 'Ensaio sobre a cegueira', 'Evangelho segundo JC', 'Intermitencias da Morte', 'Caim'.... sò pra citar alguns dos que li. Em cada livro dele consegue-se extrair pérolas como:

"Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida".
"Por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel."
- "O universo não tem notícia da nossa existência."
- "


As perguntas: “Quem és?” ou “”Quem sou?” têm respostas fáceis: a pessoa conta a sua vida e assim se apresenta aos outros. A pergunta que não tem resposta formula-se de outra maneira: “Que sou eu?” Não “quem” mas “quê”. Aquele que fizer essa pergunta enfrenta-se com uma página em branco e o pior é que não será capaz de escrever uma palavra que seja.
"
- "Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa somos nós"

Fiquei triste, de verdade, pela morte do José. Hoje, em sala de aula, fui falar com os estudantes de como eu gostava dele, de como eu fiquei tenso vendo o 'cegueira' no cinema (a ponto de morder meu braço... de raiva dos adolescentes que viam  o filme no cinema comigo), e de como o filme é excepcional, e que o livro é melhor ainda. Poucos ja tinham lido alguma coisa do José... na idade deles eu nao tinha lido NADA. Aconselhei a leitura... e aconselho para qualquer um, em qualquer idade. Ler o dialogo entre Jesus, Deus e o diabo no 'evangelho' é simplesmente FENOMENAL!!! Tentar visualisar o que o José tentou dizer com a 'cegueira branca' é FENOMENAL!!! Viajar junto com o José em seus livros é FENOMENAL!!!

Enfim... menos uma cabeça das mais pensantes no mundo.

Para finalizar, sobre a morte do José: "Nao hà palavras, Saramago levou-as todas."

Abraço

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Blog

Tá aí... vou voltar a atualizar essa merda.

Não hoje, talvez amanhã.

Recurso

Para tornar o processo PÚbico, venho aqui divulgar o recurso contra o resultado do concurso para namorada.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Edital para namorada

Agora irei publicar as melhores respostas, na ordem em que gostei.

As perguntas:

Voce voa?
Onde voce estava em 1964?
Discorra mais sobre voce, sobre nòs, sobre o mundo, a vida, o universo e tudo mais.
Pergunta séria agora: pq responder este edital?
A candidata sabe resolver a equaçao de Schroedinger para um potencial constante?
Deixe alguma dica, um sinal, um telefone, um endereço ou uma página de internet para que eu te ache.

As respostas da primeira candidata, a que està em primeirissimo lugar:

Nao. (Bom)
eu estava lá.
discorrer é o contrário de correr?
pq é legal. 
Ainda nao, mas hei de saber.
pablo valentim


Beijo.

Em breve a segundo lugar.

sábado, 1 de maio de 2010

Analfabetismo funcional 1

Então... tenho conversado muito sobre como os jovens de hoje em dia estão analfabetos. Sabem ler? Sim. Porém, não conseguem interpretar. Divagarei mais sobre o tema em posts posteriores.


Bjos,

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quem sou eu?

Sou um idiota num mundo de imbecis. Sou um otário numa terra de arrogantes, hipócritas, mesquinhos, mesquinhas, fúteis, ignorantes, narcisistas, vazios, burgueses, elitistas, racistas, etc. Nunca ganharei a guerra, sou fraco demais pra isso, me acomodo fácil, mas numa ou noutra batalha eu tento bravamente (às vezes com o rabo entre as pernas) obter uma mínima vitória.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Podre

Enquanto urinava, sentia o cheiro podre que saìa do esgoto, escutava o som das asas de uma mosca que sentia o mesmo cheiro. Para ela um odor suave, para mim o cheiro da humanidade.

domingo, 7 de março de 2010

Coisas...

Oi, joia?

Entao, achei isso num mail que mandei pra uma amiga minha (a Nanda, campineira). Mandei em 30/03/2006. Enfim, nao era sobre a Nanda, nem sobre ninguem em especial... e achei legal resgatar na integra isso.

Bjo


SAD (Leo Diagonal)
Lá, só...
O pulso garante minha vida
Tento te ver através do vidro
Mas nem sua face...
Ela me confortava
Me enervava
Às vezes queria te odiar
Mas também queria te amar
A segunda sempre ganhava
Mas é do balanço que eu gostava
Depois que quase começou
Lá, só...
Aqui é o presente!
Aqui, só...
FAÇA (Leo Diagonal)
Por que?
Preocupação?
Vergonha?
Digo?        Faço?
Gosto.
Claro.
Também.
Não.         Talvez.
(sim)         (SIM)
Tenho que dizer,
mas não consigo
Sempre me perco.
SEMPRE
Vergonha, preocupação, porque??
ME (Leo Diagonal)
Me olho no espelho,
nas fotos,
no reflexo,
não me reconheço.
Não...
É muito pior.
Preciso de alguém
Pra me ajudar
a construir
quem já fui
e serei.
Difícil
Não é 1 pessoa
Não...
São várias
Difícil
Se olhar
e não se ver.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Forest City

ééééééééé

Em Florestal, prof de novo, tava realmente com saudade de dar aula. Ja ministrei (palavra bonita tb) uma disciplina, curso de verao, e foi bem legal. Ja to devidamente residente em Florestal, e agora lutando pra pagar as dividas q fiz! hehehe

Depois iscrivinho mais,

bjotchau

Face

Editei esse texto, por sugestao de uma prof da letras. Acho q ficou melhor. Enfim, soh colocando de novo mesmo.

bjomeliga

FACE
Leo


Ao acordar, com a cabeça estourando – provavelmente ressaca por ter bebido muito vinho.... ele realmente acreditava que a bebida tinha efeitos afrodisíacos – sentou do lado direito da cama. Olhou para o lado e sua esposa estava lá, encoberta pelo edredom. “Nunca mais eu bebo!!!!!!!” pensou,  cinicamente. Levantou-se, muito devagar para que seus tímpanos não explodissem, e foi ao banheiro. Lavou o rosto, com vergonha de olhar para o espelho. Tentou se lembrar do rosto de sua esposa, e a lembrança demorou a chegar... isto foi o primeiro sinal. Escovou os dentes, ainda sem olhar para sua face – se olhasse sentiria vergonha: os olhos com uma coloração vermelha-amarelada, olheiras profundas, pele pálida e ressecada... típico para uma pessoa de ressaca, porém não era somente isso, a superfície de seu rosto...  ainda havia uma pessoa ali.
                Foi à cozinha preparar seu café, antes de sair para o trabalho, mas antes, vestido apenas de cueca, foi ao encontro de sua esposa, a única pessoa que ele realmente amava, e lhe deu um beijo na testa. A mulher respondeu com um sorriso, puxando o edredom para perto de si, e um gemido como quem diz: “Hum, deixa eu dormir mais um pouco, meu bem!!!” Ele sorriu e nesse momento acreditou que sim, o amor pode existir e existe. Acreditou que o ser humano, ou ele próprio, podia confiar noutro incondicionalmente. E isto o alegrou.
                Chegando à cozinha, ligou a TV para ouvir o noticiário. Escutou o presidente falando que o país iria sair da situação econômica crítica que se encontrava, que não haveria problemas. Pensou consigo: “Filho da puta, não tem vergonha nenhuma na cara!!!!” Ele não imaginava o quanto este pensamento, a princípio ingênuo, seria tão real.
                Foi ao quarto, se vestiu e dando outro beijo em sua esposa saiu para o trabalho. De carro, observando os outdoors ficou pensando: “Quanta gente trabalha mal... todas as rostos estão desfocados!” Este era o segundo sinal. Chegando ao serviço não notou nada de estranho, ele sempre desviava o olhar das pessoas. Porém, ao encontrar com sua secretária teve seu primeiro surto. O rosto da mulher não somente se encontrava desfocado, mas totalmente desfigurado. Após o susto inicial, visível para todos que estavam ao redor, ele perguntou: “O que aconteceu com você? Quem te bateu? Vá ao médico AGORA!!!!!” Sem entender o porquê a secretaria perguntou: “Mas por que doutor? Estou normal, nada aconteceu comigo?” Ele entrou para seu escritório rapidamente, encharcado de suor, e baixou sua cabeça sobre os braços, pedindo para que ninguém o incomodasse.
                Logo após sua entrada no escritório, sua secretária começou a falar com as outras pessoas: “Sim, ele é louco. Cumprimenta, é uma pessoa gentil. Mas não me dá aumento nenhum e ainda por cima fica dando em cima de mim.” A secretária apenas dizia que seu chefe a bulinava para ganhar ‘elogios’ dos outros funcionários. Mais duas pessoas tentaram entrar em seu escritório: seu subordinado direto – que tinha compromissos irremediáveis a respeito da empresa, e puxa-saco de mão cheia – e seu chefe, que ficou preocupado pela reação do subordinado e da secretária. Além disso, seu chefe era uma pessoa extremamente arrogante e mesquinha, o que deixava nosso herói, na maior parte das vezes, furioso.
                Ele decidiu voltar para casa depois que todos foram embora... a última vez que olhou para o rosto de sua secretária ele teve ânsia de vômitos.... várias. Foi para casa, evitando olhar para os outdoors, pois eles pareciam sempre mais desfigurados. As pessoas nos carros, estas também se aparentavam desfiguradas, com os rostos como se tivessem sido alterados num programa de computador. Apenas as crianças, a maior parte delas pelo menos, se aparentavam normais, com rostos, faces, de pessoas.... PESSOAS.
                Chegando em casa hesitou em olhar para o rosto de sua esposa e aos prantos a abraçou. Ela sem entender tentou acalmá-lo, fazendo carinho e buscando um olhar para que compreendesse. Porém nada. E assim se passaram longuíssimos 5 minutos, com ambos chorando compulsivamente. Após sua esposa implorar para que ele dissesse, ele olhou e viu: a mulher mais linda, o rosto mais lindo, a face mais linda, o corpo mais lindo, os seios mais lindos. Chorando e rindo ao mesmo tempo ele a beijou, como se fosse à primeira vez, um beijo longo, quente, apaixonado. E ali, onde estavam se amaram.
                A noite que se seguiu depois do êxtase de gozo de ambos foi tranqüila. Dormiram como pedra. Na manha seguinte, ele acordou como de costume, olhou para sua esposa, que se encontrava coberta pelo edredom. Pensou seriamente que o dia anterior foi um sonho. Foi ao banheiro, e mesmo tendo a certeza do sonho vacilou ao olhar para o espelho. Olhou e lá estava ele, com um rosto muito melhor que o do dia anterior. Neste dia não beijou sua esposa antes de preparar o café.
                Tomou seu café como de costume, foi ao trabalho e novamente os outdoors estavam todos embaçados e desfigurados. Suando feito um porco devido à alucinação ele chegou ao trabalho e viu que todos estavam desfigurados. As faces horríveis, como que se despedaçassem da cabeça... a pele desfigurada, o nariz torto, se confundindo com o espaço onde antes devia estar a boca. No lugar da testa estava a boca... mas não uma boca normal, uma boca grande, com vários dentes, como se fosse a boca de um tubarão. Os cabelos estavam normais, apenas a feição estava diferente. Assustado e suando horrores, ele correu para sua sala, gritando para sua secretária – que apontava para ele e fazia gestos que ele estava louco – para não deixar ninguém entrar. Pediu dispensa do seu chefe, que muito a contragosto o deixou ir para casa.
                Chegando a sua casa, indo numa mistura de velocidades, olhou para sua esposa e a viu! Gritou e chorou novamente, e ela, sempre cúmplice, chorou ao ver seu amado em tal situação. Ele pediu licença e foi tomar banho. Após um banho demorado, implorou que fosse deixado a sós. Foi ver televisão, e o espanto não foi o mesmo: todas as pessoas se encontravam desfiguradas. Tanto políticos, quanto pessoas entrevistadas da rua, quanto os apresentadores. E todas da mesma forma: o rosto completamente desfigurado, como que por alguma forma de manipulação informatizada. Ficou sozinho, vendo TV, por três dias.
                Sua esposa tentava fazer com que ele comesse, mas ele apenas pegava um biscoito aqui, outro acolá. Estava ‘entretido’ demais, vendo todos os canais de TV que podia ver, e comparando as faces. Todas desfiguradas. Para ele, apenas dois rostos se encontravam normais: o dele e o de sua esposa.
                E assim nosso herói passou por três meses, isolado em sua sala de TV, vendo os programas... todos... insistindo que tudo aquilo era paranóia de sua cabeça. Ele tentou ir ao médico, que apenas  lhe indicou medicamentos contra alucinações e calmantes, que de absolutamente nada serviram. Os psicólogos muito menos, não conseguiam explicação nenhuma para sua ‘paranóia’.
                Seus amigos se afastaram, depois desses primeiros três meses mais nenhum aparecia, mesmo por que ao vê-los nosso herói os xingava e pedia, não ele não pedia... ele gritava e obrigava, que todos saíssem de sua casa, com seus rostos desfigurados. E nesses três meses ele concluiu algo: apenas uma pessoa merecia sua confiança, apenas uma pessoa era de respeito, apenas uma possuía caráter, apenas uma se preocupava realmente com o próximo, apenas uma (ou duas?) sentiam realmente o que era amar. Esta pessoa era a única que ele não via o rosto, a face, desfigurada: sua esposa. E isto fez com que ele amasse ainda mais ela.
                Um ano se passou. Sua esposa após os 10 meses da ‘doença’ do marido, começou a se afastar, a se tornar uma pessoa triste e agoniada. E nosso herói ainda a via, e isso ainda alegrava os dois. Ou pelo menos era isso que ele pensava. Um belo dia, um ano após sua repentina ‘alucinação’, nosso herói decidiu passear, pois sua esposa estava demorando muito tempo para trazer os mantimentos. Um atraso que havia começado há uns dois meses, tempo em que o rosto da esposa começava a se desfocar.
                Andando pela vizinhança, evitando os vizinhos, e estes o evitando, ele observou sua esposa, no supermercado, abraçada com um homem. Mas ela não estava somente abraçada, pedindo ajuda, ou conselho, e o homem não a estava consolando pelo flagelo do marido. Eles estavam se beijando, se abraçando, se amando. O que mais nosso herói podia fazer a não ser chorar?
                Voltando para casa, com todas estas exclamações na cabeça, nosso herói chegou à uma bela conclusão. Foi ao banheiro, onde ele olhara a primeira face há um ano atrás, a sua própria face. Nas mãos uma faca, grande, afiada, pontiaguda. Olhou para seu rosto, para sua face. E sorriu... fincando a faca no peito. Menos uma face no mundo.