sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Apenas uma coisa que to pensando em escrever...

To com uma ideia pra escrever, mas ia demandar tempo/disposição... tipo de uns 45 ou 60 desses "capitulos"... enfim...


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Acordo com o despertador tocando. Levanto, passo em frente ao espelho – a cara está até bem bacana – e vou direto para o banho. Dispu-me, analiso a saliência da barriga e sorrio. No box, deixo a água correr enquanto me apoio na parede. Uma das coisas boas da vida é deixar a água do chuveiro cair forte na nuca, não há pensamento algum, apenas a força da água na pele. Ensaboo-me, massageio o cabelo, mais água. Seco o corpo por completo, vou ao quarto e visto a roupa para o trabalho. 
 
Mas antes, um café da manhã caprichado. Pão dormido, manteiga, café forte, leite frio. Muito bom. Outra coisa boa da vida é comer um bom café da manhã. Enquanto lancho, ouço as notícias na rádio. Bombardeio no oriente médio, inflação, alta do dólar, corrupção, pausa para o futebol. Acho engraçado quando ouço José Simão e sua série “Os predestinados”: o dono de uma funerária que se chama João Boa Morte. Hahaha. Predestinados.
Pego o carro, e dirijo para o serviço. No shuffle do carro, um bom rock. Jimi Hendrix seguido de Secos & Molhados. De repente começa Echoes, do Pink Floyd: “Overhead the Albatross hangs motionless upon the air.” Sorrio. Uma das coisas boas da vida é ouvir um bom rock. Chegando ao prédio onde trabalho, dou meus cumprimentos a todos. “O dia está lindo, não é?” Todos parecem felizes, mas não tanto quanto eu. Há muito tempo não me viam tão bem com a vida. Uma das coisas boas da vida é trabalhar com o que se gosta. Converso com os e as colegas, falamos de amenidades, política e sobre quem foi assaltado no dia anterior. Contamos uma piada e gargalhamos. É um bom dia.
Em meu escritório, preparo todas as coisas. Este sim é um dia produtivo, não quero deixar absolutamente nada para depois do almoço. Consigo realizar todas as tarefas, e até algumas que seriam para a tarde. Assim que as termino, entro no site do banco, e faço a transferência para meus pais. Não deixo um centavo sequer na conta, não necessito mais.
Assim que chega a hora do almoço, subo as escadas e chego ao parapeito. Não há hesitação. Salto. Durante a queda, penso em várias coisas. Nas coisas boas principalmente. Em todas elas, todas. O vento batendo no corpo me dá uma sensação divina, sinto-me como o albatroz de Echoes, o ar em meu rosto me deixa mais feliz ainda. 
 
Não sinto medo, não sinto nada. 
 
Antes de tocar o chão, sinto o cheiro de meus pais. Perfeito.

Muito obrigado.

Até breve.

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